domingo, 6 de junho de 2010

Novamente na Taça de Portugal

Foi no longínquo dia 4 de Fevereiro de 1984, portanto, já lá vão mais de 26 anos, que tinha efectuado a minha última partida para a Taça de Portugal. Estávamos na 2. ª eliminatória da prova e depois de eliminar-mos o Elvas, naquela cidade, recebemos em Coruche a equipa B do Sporting Clube de Portugal. Nesse dia, o Grupo de Xadrez de Coruche (equipa que ajudei a “refundar”), alinhava com Martinho Lopes no 1.º tabuleiro, eu estava no 2.º tabuleiro, o Eng.º Garcia, que tinha jogado na Académica de Coimbra, era o 3.º tabuleiro e finalmente o Dr. Rocha no 4.º tabuleiro. Refiro que os 3 primeiros tabuleiros desta equipa eram trabalhadores da Câmara Municipal de Coruche que através de mim, enquanto animador sócio-cultural e desportivo daquela autarquia, estava a fazer um trabalho meritório no xadrez. Relativamente aos jogadores que jogaram naquele dia, do Eng. Garcia nunca mais soube nada dele desde que saí de Coruche em finais de 1984, o Manuel Martinho Lopes, devido a doença, deixou de competir (o ano passado, a malta da Casa do Xadrez, num jantar que tivemos em Alpiarça, surpreendeu-me com a sua presença, sendo essa a última vez que estive com ele), o Dr. Rocha, soube recentemente que tinha falecido e eu estive quase 25 anos desligado da modalidade.
 Com Martinho Lopes o ano passado em Alpiarça (foto Casa do Xadrez)
Na Taça de Portugal daquela época, eu era o capitão da equipa e a estratégia tinha sido a de colocar os jogadores mais fortes, Martinho Lopes e Dr. Tavares da Rocha, nos 1.º e 4.ºs tabuleiros, respectivamente. Esperava assim que eles ganhassem as sua partidas e com isso garantir a passagem nas eliminatórias.
Naquela eliminatória, as coisas até começaram a correr bem, o 4.º tabuleiro venceu a sua partida. Só que naquele dia, o “Barba Negra” não estava em dia sim e, mesmo depois de ter despachado dois ou três maços de Português Suave sem filtro, não conseguiu melhor que um empate, que somado aos restantes resultados, ditaram a nossa eliminação por 2 ½ - 1 ½ , permitindo ao Sporting B seguir para a próxima eliminatória, onde venceram por 3-1 a equipa A do Benfica .
Ontem, dia 5 de Junho de 2010, volvido este tempo todo, voltei a jogar uma partida na Taça de Portugal. Foi em Urgeses (Guimarães) que voltei a matraquear as peças do jogo dos reis para aquela competição. O G. R. A. Urgeses e o G. D. Diana de Évora discutiam a passagem aos quartos de final da prova. Eu, que joguei no 4.º tabuleiro da equipa alentejana, que alinhou ainda com o MI Luís Santos, com Imme Van Den Berg e com Fernando Carapau, nos 1.º, 2.º e 3.ºs tabuleiros respectivamente, à semelhança do que aconteceu há 26 anos perdi a minha partida. Por deferência do Carapau, que se iniciou no xadrez pela "minha mão", na altura em fomentei o xadrez em Coruche, voltei a ser capitão e ainda à semelhança do passado o resultado voltou a ser de 2 ½  - 1 ½ , só que desta vez favorável à minha equipa.
G. D. Diana - G. R. A. Urgeses
Relativamente à minha partida, como estou sem ritmo de competição, vi-me em apuros de tempo e quando tinha 15 minutos no relógio, quase que paralisei iniciando uma enxurrada de erros que me levaram à derrota final.
Registo a simpatia dos anfitriões em particular o Prof. Fernando Costa e o Joaquim Machado, este último que já tem contacto com o xadrez de Cabo Verde, pois é o 18.º tabuleiro do match amigável por correspondência entre Portugal e Cabo Verde, tendo recentemente perdido uma dessas partidas, com o Terêncio Alves, o seu adversário nesse match.
 Da esquerda para a direita: Francisco Carapinha, Fernando Carapau, Imme Van Den Berg e Luís Santos (GD Diana); Alexandre Mano, Vitor Manuel Costa, João Sequeira Costa e Carlos Machado (GRA Urgeses)