quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Kasparov, 3 - Karpov, 1
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Kasparov, 2 - Karpov, 0
Cumpriu-se a primeira jornada deste reencontro dos dois ex-campeões mundiais.
Siga as partidas em http://www.gva.es/ajedrez/ei_ajedrez_en.htm
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Novamente os dois Kapas
Vinte cinco anos depois do primeiro match para o campeonato do mundo, Anatoly Karpov e Garry Kasparov voltam a defrontar-se, desta vez na cidade espanhola de Valência.
Veja em baixo o vídeo promocional do evento
sábado, 19 de setembro de 2009
Cheias em Cabo Verde
Parece mentira, mas não é. Desde ontem que algumas ilhas de Cabo Verde enfrentam um problema pouco comum neste país: a abundância de chuva.
Bastaram poucas horas de chuva intensa, para que ontem, ao princípio da tarde, a cidade do Mindelo parecesse a Ribeira de Santarém em tempo de cheias.
Num país onde pouco chove e sem qualquer preparação para quando a chuva aparece, bastam umas bátegas de água, para ver inundações por tudo quanto é sítio.
Hoje, quando saí de casa a caminho do trabalho, ao ver campos de futebol cobertos de água onde só a parte de cima das balizas eram visíveis, logo me fez lembrar os meus tempos de estudante do Liceu de Santarém quando, nas traseiras do mesmo Liceu, olhava o campo de futebol da Ribeira de Santarém e toda a sua envolvência, no tempo de cheias do no Ribatejo.
Quando a chuva aparece por aqui, recordo-me logo de uma morna, que ouvi cantar pelo Dudu Araújo e cuja letra diz qualquer coisa parecida com:
morremos de sede;
Se a chuva vem,
morremos afogados.
Se quiserem saber mais sobre esta inundações, basta seguir a comunicação social local on-line em:
http://asemana.sapo.cv/
http://liberal.sapo.cv/
Fotos: 1- Hoje, perto da zona onde moro; 2-Cruzamento da R. de Lisboa com a Av. 5 de Julho (foto publicada no Liberal on-line); 3- Av.ª 12 de Setembro (foto publicada no Expresso da Ilhas on-line).
Com comentários do MI Luís Santos (2382 Elo), reproduzo a partida publicada no Boletim "Xeque Mate", disputada no Torneio Comemorativo do 21.º Aniversário da AXSV, entre os dois jogadores da Praia, António Monteiro e José D. Andrade .
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Xadrez na ilha do Sal
O Regulamento deste Torneio, pode ser consultado em
Só um pequeno comentário: as mesas e cadeiras deveriam ser mais propícias à prática do xadrez.
Na foto: Partida entre Sidney Spínola e José Rosário referente ao torneio de Verão.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Demiti-me...
Há quase um ano, mais precisamente no dia 27 de Setembro de 2008, fui empossado no cargo de vice-presidente da Associação de Xadrez de S. Vicente (AXSV), uma instituição que estava inactiva há um bom par de anos.
Imediatamente após a tomada de posse, comecei a "matutar" na melhor forma de dinamizar o xadrez e trazê-lo para a ribalta.
Com esse objectivo, começo a estabelecer contactos e a preparar um evento, que mais tarde se veio a designar Festival de Xadrez de S. Vicente.
Com muito trabalho e uma enorme dedicação, no final de Novembro de 2008, lá se organizou o Festival que contou com a presença do Campeão Nacional Absoluto em título, o GM António Fernandes. O evento foi um sucesso, mas já não contou com a participação do presidente da direcção da AXSV que, por motivos pessoais e de saúde, abandonou o barco.
Na sequência dos contactos estabelecidos durante o Festival e, na tentativa de fomentar a criação de uma Associação na ilha de Santiago, fui até à cidade da Praia, capital do país, onde participei e ajudei a organizar um mini Torneio de Rápidas.
Despertados pelo sucesso daquele que deve ter sido o maior evento xadrezístico realizado até hoje em Cabo Verde, um grupo de jogadores de St. Antão decide reactivar a sua Associação, também ela sem actividade há alguns anos, tendo-me deslocado aquela ilha para apoiar e oferecer a minha colaboração.
Através dos contactos estabelecidos com a AXSA e, após ter organizado e realizado o primeiro Regional de Partidas Rápidas, organizo e realizo o 1.º Match entre S. Vicente e Santo Antão que serviu essencialmente para a divulgação da modalidade e para o contacto entre jogadores das duas ilhas.
Na ilha do Sal, um punhado de jogadores deita mãos à obra e assenta os primeiros "tijolos" daquela que será, assim espero, a futura Associação de Xadrez do Sal, constituindo-se assim na necessária terceira associação para se dar início ao processo de formação da esperada Federação Caboverdiana de Xadrez. Desde o primeiro momento que tenho estado com eles e, naquilo que tem sido possível, tenho dado o meu contributo.
Aqui em S. Vicente, depois de editar e publicar o boletim Xeque-Mate e de colocar e manter o sítio da AXSV na Internet, realizei com enorme sucesso a fase preliminar do 1.º Regional Absoluto, onde se inscreveram 36 jogadores. Nesta competição a Direcção da AXSV já não contou com o seu vogal, ficando assim reduzida a 3 elementos. Este torneio foi considerado, por muitos dos participantes, como o melhor e o mais bem organizado que até então tinham participado, ou seja a fasquia começou a ficar elevada. Nas duas últimas sessões desta fase preliminar, devido ao cansaço acumulado, levantei-me directamente da cama para estar presente na sua organização e arbitragem. Ou seja, foi muito debilitado fisicamente devido ao enorme esforço dispendido, que terminei este torneio. Um torneio em que para que tudo estivesse pronto a horas, dois dos funcionários da PINÉU (a minha empresa), que nada sabiam de xadrez, aprenderam a colocar devidamente as peças, tabuleiro e o relógio de tal forma que só no final do torneio é descobri que não eram os meus colegas de direcção que preparavam o "terreno" para a competição, mas sim os dedicados funcionários.
Além de debilitado e cansado, cheguei ao fim deste torneio também um pouco "chateado", pela ténue colaboração dos restantes elementos da AXSV, que praticamente só se limitaram a jogar.
Passado pouco tempo, após a realização desta fase preliminar, desloquei-me a Portugal onde participei nos torneios de semi-rápidas da Queima das Fitas (Coimbra) e no Damiano (Odemira).
Já tinham passado mais de 30 anos desde a última vez que tinha participado num torneio de semi-rápidas e mais de 25 anos desde a Vúltima competição onde tinha participado. Voltava novamente à Festa.
Que bom que foi rever velhos e conhecer pessoalmente outros amigos; que bom foi voltar a sentir o matraquear dos relógios, o "cheiro" dos tabuleiros e o movimento dos torneios, como nos bons velhos tempos quando nos juntávamos nos Nacionais de Rápidas.
A passagem por estes torneios, trouxe-me à lembrança o gosto de jogar, de participar, de estar no outro lado da linha.
No fim de Maio, regresso a Cabo Verde, onde encontro um convite da Academia de Xadrez de Gaia, para a participação no Open Internacional de Gaia de um jogador de S. Vicente e outro de St.º Antão.
Remeto o convite para St.º Antão e enceto os contactos necessários de forma a que o jogador que escolhemos para nos representar pudesse estar em Gaia, pois a estadia era garantida pela organização mas as viagens seriam por nossa conta, ou seja, havia que arranjar patrocínios para que se pudesse concretizar a nossa participação naquele torneio que contaria com jogadores de Angola e S. Tomé.
Com o processo de solicitação de patrocínios em curso, estava na altura de realizar a fase intermédia do Regional Individual. Oito jogadores, apurados na fase anterior, disputariam entre si o acesso ao match final. Torneio onde previ que Mazzonni e Eder seriam os finalistas. Era isso que aconteceria, não fosse Mazzonni ter-se esquecido desligar o telemóvel na partida com Daniel Lopes (3.ª sessão), acabando por se penalizado com a perda da partida após o toque do aparelho.
Mesmo assim, ainda seria possível vir a ser um dos finalistas, caso
Com alguma irritação minha pelo que aconteceu durante a competição, não só pelo desfecho daquela partida como pelas faltas de comparência que aconteceram durante o torneio (um dos participantes chegou a ser desqualificado), lá terminou esta fase apurando o Eder Pereira e o Daniel Lopes para o Match de apuramento de Campeão Regional. Por esta altura já estava confirmada a presença do Eder no Open de Gaia, assim como a do Carlos Mões (que já estava em Portugal deslocando-se a expensas próprias). Em virtude de St. Antão declinar o convite para estar presente em Gaia, a vaga foi oferecida a S. Vicente e, não havendo tempo para solicitar vistos, a escolha do outro representante da AXSV acabou por recair sobre mim.
Consciente das "tareias" que ia levar, 25 anos depois da minha última partida oficial em "clássicas", mas com uma enorme vontade de me divertir, lá fui rumo a Gaia.
Do torneio pouco há para dizer, e o pouco que há, guardarei para mais tarde, mas foi aqui que senti o pouco espírito de equipa existente entre os jogadores representantes de S. Vicente, o que me levou a reflectir sobre o xadrez na ilha e em Cabo Verde. O mesmo xadrez que colocou, algumas vezes, em risco a minha actividade profissional e que não me estava a tratar com o devido respeito; o mesmo xadrez que a Câmara local desconhece existir, ao contrário do que acontece em St.º Antão, no Sal e na Praia; o mesmo xadrez que assenta praticamente só na minha pessoa; o mesmo xadrez que se calhar numa Assembleia Geral não conseguirá a comparência de pelo menos 20 associados; o mesmo xadrez que me tem desgastado e para o qual não tenho sentido muita colaboração.
Regressado a Cabo Verde, continuei a minha reflexão e cheguei à conclusão que só tinha um caminho: demitir-me do cargo ocupado na AXSV.
Assim o fiz, já lá vai um mês, aguardando até agora a convocação da Assembleia Geral para eleição de novos Corpos Sociais, onde não pretendo aceitar qualquer cargo caso estejam presentes menos de 20 associados.
O meu afastamento da AXSV não significa o meu afastamento do xadrez em Cabo Verde pois pretendo continuar a ter iniciativas e apoiar as iniciativas de outros (em qualquer que seja a ilha), não pensando desistir enquanto a Federação Caboverdiana de Xadrez não for uma realidade.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Parabéns Ruben!
Aqui desta bela cidade do Mindelo, acompanhei (os resultados, porque as partidas em directo foram uma ilusão) o 65.º Campeonato Nacional Individual Absoluto que ontem terminou. Primeiro, há que dar os parabéns ao novo Campeão Nacional, o jovem Ruben Pereira, já uma certeza do xadrez luso (já te desculpei da "porrada" que me deste em Odemira).
Dados os parabéns, passo a alguns reparos sobre a forma como decorreu a fase final deste 65.º Nacional, cuja organização não me pareceu estar ao nível da importância da prova.
É certo que a força de jogo dos jogadores portugueses não se aproxima da dos russos (média 2728 Elo), dos Ucranianos (média 2697 Elo) ou dos israelitas (média 2651 Elo) que são os três primeiros países no Ranking da FIDE, ficando ainda longe dos nossos vizinhos espanhóis (16.º lugar no ranking da FIDE com 2593 de média ELO) ou dos brasileiros (25.º lugar no ranking da FIDE com 2554 de média Elo); também é certo que neste 65.º Campeonato Nacional Individual Absoluto dos dez jogadores portugueses com melhor Elo, só três participam no torneio mas, mesmo assim, não me parece que os jogadores participantes devam ser tratados como jogadores de 2.ª linha, ainda mais tratando-se duma fase final de um Campeonato Nacional. Marcar uma sessão dupla (14.00 H e 20.30 H) e colocar os jogadores a jogarem em fila, parecendo que estão a participar na festa de um casamento ou de um baptizado, em vez de colocá-los em mesas separadas, a organização do torneio, pareceu tratar os participantes como jogadores de 2.ª linha e titular o Campeonato como pouco importante e mal cuidado.
Finalmente, e como curiosidade, o MI Rui Dâmaso consegue fazer este campeonato em apenas 118 lances com uma média de 13 lances por partida. A partida onde fez mais lances foi na derrota com Ruben Pereira (24 lances) e nos 8 empates registados, a partida com mais lances foi a primeira, com o GM António Fernandes (17 lances), tendo nas outras 7 efectuado entre
1. | 2447 | AA Amadora | 6½ | |
2. | 2409 | GD Diana | 6 | |
3. | 2264 | GC Odivelas | 5½ | |
4. | FM Vasco Diogo | 2308 | NX Faro | 5 |
5. | 2238 | GD Dias Ferreira | +5 | |
6. | FM José Andrade | 2259 | Mata de Benfica | 4½ |
7. | IM Rui Dâmaso | 2404 | FC Barreirense | 4 |
8. | 2214 | GC Odivelas | 4 | |
9. | 2219 | GD Dias Ferreira | 3 | |
10. | 2269 | ACD Carapalha | 1½ |
Em baixo reproduzo a partida entre o MF João Cordovil e o MI Rui Dâmaso, (8.ª sessão) pela curiosidade de ser uma cópia da partida disputada em 1967 entre Andras Adorjan, de brancas, e Anatoli Karpov.