sábado, 24 de outubro de 2009

Eleição dos Delegados à Assembleia Geral da FPX



É amanhã a eleição dos Delegados à Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Xadrez. 
Esta eleição, poucos ou nenhuns benefícios poderá trazer  ao xadrez português, mas certamente, e pelo que me pude aperceber, já contribuiu para o debate de ideias e divulgação de algumas opiniões acerca do estado da modalidade.
É difícil governar uma "casa onde não há pão e onde todos ralham sem razão", no entanto, a união deveria fazer a força e não é isso que se vê. Cada um para o seu lado, cada um à sua maneira quer defender o seu ponto de vista, a sua opinião, a sua imagem. Ás vezes até defendendo o indefensável. Não parece ser este o bom caminho para o xadrez português. 
Os dirigentes do xadrez (quer sejam dirigentes federativos, associativos ou de clubes) têm um problema inerente a esta modalidade: é que além de serem dirigentes também são praticantes em actividade e isto por vezes é inconciliável na estratégia e visibilidade que deveriam ser aplicadas durante os mandatos que cumprem.
Há que reestruturar todo o sistema e saber ouvir  as opiniões  e as ideias de toda a gente, por mais disparatadas que possam parecer. Eu, por exemplo, acho que a Federação deveria contratar alguém que vendesse o xadrez, ou seja, alguém com capacidade para angariar patrocínios e com capacidade para trazer a modalidade para a comunicação social de forma a promovê-la e rentabilizá-la.
Quando for deixado exclusivamente para os jogadores a função de jogar e para os dirigentes a função de dirigir e organizar, é possível que se encontre o rumo certo. Claro que as divergências continuarão a existir, e  quando "têm peso, conta e medida" também são úteis se trazem novas e renovadas ideias.
Não sou tão pessimista como o Luís Galego mas creio que se não houver esforço e boa vontade de todas as partes envolvidas na modalidade, dificilmente se conseguirá evoluir e corre-se o risco do xadrez "encerrar para obras", que poderão ser de Santa Engrácia.

Como continuo aqui por Cabo Verde, amanhã não poderei exercer o meu direito de voto, mas se estivesse em Portugal, como praticante, exerceria esse direito votando na lista A liderada pelo Carlos Sirgado, já que identifico-me mais com os elementos desta lista do que com os candidatos das restantes listas.



Em baixo, uma partida do actual campeão de Portugal, o MI Ruben Pereira, disputada em 2007 no Campeonato do Mundo de sub-16, em que se sagrou vice-campeão mundial. A partida, comentada pelo próprio,  foi publicada na RPX n.º 0 de Janeiro de 2008.


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